segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Salvem as baratas


por Tarcito Lear

Oh, o universo!! Passamos a vida inteira carregando nosso corpo e nos preocupando tanto com ele que às vezes esquecemos de certas coisas ao nosso redor: os animais, nossos companheiros de vida que estão tão imersos nesse oceano desconhecido que é o viver, quanto qualquer um homo sapiens, são frequentemente vítimas do esquecimento humano. De repente esquecemos que eles tem vida, que eles tem sensibilidade, que o mundo também são deles... Aquele papo velho e ultrapassado de afirmar que os animais deferentes dos humanos são irracionais é pura pretensão nossa!! hoje já se sabe que a maioria dos animais não são irracionais como nós imaginavámos. Dizer que por exemplo um cachorro labrador adulto não raciocina, implica dizer que uma criança de dois anos também não raciocina. Isso mesmo, o nível mental de uma criança de dois anos se assemelha muito a de um cão labrador. E é bastante óbvio para qualquer um que não dá para dizer que um ser humano de dois anos não raciocina, portanto cães também raciocinam. É burrice tratar os animais como débeis mentais.

Se os panteístas estiverem certos pode-se dizer que é imbecilidade matar alguns seres que tem vida por puro capricho humano e nojo. Quero aqui me sensibilizar em relação às baratas... As baratas são sereszinhos que chegaram a habitar a este mundo primeiro que nós, segundo os cientistas, elas sobreviveram á queda de meteoros que levaram à extinção dos dinossauros. Então, as baratas vivem neste mundo com todo o direito... Corriqueiramente o que pode-se notar é que as baratas são vítimas de preconceitos dos homens. É só os humanos verem uma inofensiva barata para se sentirem esteticamente ofendidos, como quem pensa: esses seres são tão feiosos e nojentos que merecem a morte, merecem deixar de existir nesse mundo. Será que alguém merece a morte, senhoras e senhores? mesmo que cause repgnância e senso de nojo em nós, a barata deve ser punida com a morte? Nós que com uma chinelada interrompemos uma vida no mundo; não nos damos conta que aquela baratinha que acabou de ser friamente assacinada por algum ser humano poderia ser um tesãozinho nas vistas de um baratão. Ou pior, iremos deixar uma família com uma penca de rebentos e uma senhora barata de luto sem ter o chefe da casa.. Não sei se baratas tem casa e muito menos família, elas podem ser hippies por natureza, mas, enfim, vale apena nos sensibilizar com a dor de outra vida.

Pois bem, como eu disse no começo do parágrafo anterior, panteistamente, pode-se dizer, ser sem cabimento matarmos vidas por razões infundadas. Pois, se deus é tudo e tudo é deus, quer-se afirmar que tudo o que existe no universo faz parte, por assim dizer, do corpo de deus. E cada coisa que é morta ou que deixa de existir é uma célula a menos no Deus. E digamos que aquilo o qual seria invisível a nossos olhos e que faria nós existirmos seria a alma do Deus... Portanto, matar uma barata é o mesmo que matar uma parte, por mais milimétrica que seja, do Deus, segundo a linha desse raciocínio.
Já prestaram atenção como um santo não faz mal nem a uma barata??!! Talvez eles estivessem alcançado um nível espiritual que visse claramente que mesmo a feúra da natureza faz parte do deus, quem é que sabe?!
Então, levantemos a bandeira do FIM AOS HOMICÍDEOS EM MASSA ÀS POBRES BARATAS e, claro, a todo tipo de vida que morre por puro capricho ou sadismo humano...

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