terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Oráculo dos alcoolatras




Por: Luka Bittencourt


Um domingo desses de sol e calor intensos, resolvi passear... sei lá, conhecer um pouco mais da cidade em que eu acabara de chegar; observei as pessoas, os lugares...Porém o que mais chamou-me a atenção foi o modo de vida e o ritmo que o clima impunha aos que ali moravam, havia de tudo um pouco: alguns que colocavam toalhas molhadas na testa para esfriar a cuca e outros que andavam escondidos pelas beiradas dos telhados ao meio dia buscando proteger-se de um bronzeado forçado, típico do sertão.
Segui em frente, introsei-me em uma roda de conversa que todas as tardes reunia-se no famoso bar, timonense, chamado de "EsculhamBAR", ali acontecia no momento em que cheguei a reunião de um distinto clube de classe da cidade cognominado "Oráculo dos alcoolatras", de formação bem democrática, abrigava cidadãos de todas as camadas sociais que em seus encontros discutiam questões vitais para o desenvolvimento e preservação da população de Timon, dentre os assuntos que surgiam no bate papo a um dei atenção especial, o então presidente Pezão(sei lá por que o chamavam assim, vai ver por que seus pés eram inchados) propalava em voz alta que descobrira a fómula da conquista da mulher amada... em estado de transe (ou bêbado, se prefirires assim...) dizia que tal descoberta foi resultado de anos de pesquisas e experimentações contando com "milhares" de cobaias, segundo ele, há de se dizer que várias risadas sucederam suas palavras... bom, voltemos ao assunto, curioso leitor... O material contava com anotações e até com ilustrações de práticas "infáliveis" e aprovadas até pelo Inmetro.
Enquanto ouvia atentamente suas explicações, um outro membro da instituição pediu-me ajuda para matar a sede, eu muito solicito arranjei-lhe um bom copo de água bem geladinha, ele esperava-me na porta do clube( ou boteco, se achares melhor) e antes de eu dar-lhe o líquido o sedento perguntou-me se era da boa, da arretada?



Respondi-lhe que era da melhor, água mineral geladinha, o despontado falou, -Água! nem sei o que isso, faz tempo que não tomo uma...
Sim... deixe-mos de dispersão de assunto, Pezão ensinava a regra básica do relacionamento amoroso, até mostrou-me a lista
-Lance um olhar predator;
-Diga-lhe uma cantada barata, muié, não liga para frescuras;
-Aproxime-se sem exitação;
-Mostre que você é macho;
-Arroche o pescoço da muié;
e no desfecho final...
-Embebede-a ao extremo;
Só há de se dizer que Pezão tinha 50 anos e era um solteirão abandonado!

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