domingo, 17 de janeiro de 2010

É assim?


Por: Luka Bittencourt

Não há nada mais pernicioso que um olhar feminino malicioso, bate no cerébro e alastra-se por todo o corpo, as vezes concentrando-se na carteira de um algum desavisado... se me achas um grosseiro por essas palavras acima, mostro-lhes um caso que vi de perto.

Uma tarde dessas, enquanto caminhava pela Ufma, encontrei um grande amigo de longas datas, próximo da biblioteca, nos abraçamos e pusemos a conversa em dia, quando mais jovens éramos sempre os mais azarados no que se tratava de mulheres e conquistas, parecia até sina, sempre que tentavamos conquistar alguém nunca dava certo... Pois bem, enquanto batiamos o nosso papo descontraído em meio a risadas quase nunca discretas, apareceu um loira no começo do corredor: salto alto, cabelos ao vento e cheirando a Natura( Nossa... que mulher expetacular!), eu o alertei que haveria de passar por nós a mais bela paisagem da tarde, muito gaiato, já fiquei todo cheio de graça, todo aceso( fazendo psiu e assobios) mas o engraçado é que meu amigo nem se mexeu, ficou só a olhar-me com risadas estranhas. Enquanto ela caminhava, pescoços viravam-se em sua direção, olhares esquadrinhavam suas curvas, tentando talvez discernir a cor de sua calcinha (encorajados por seu vestido insinuante) e perguntando-se se ela era ou não era comprometida. Depois de segundos de contemplação, ela estava ali diante de nós. Eu pensei que ela olhava em nossa direção com um carinho fora do normal( eu pensando que era para mim...), até que fui desengando por um beijo fulgaz que ela dera em meu velho camarada(pô... parece que foi até de mal, ela o beijou com vontade, quase tirava-lhe os beiços!) após o "desentupimento da pia", ela apresentou-se como noiva dele, mostrando até seus anéis de compromisso (Caraca! pensei, que mancada...) ele sem nada dizer, confirmava com gestos afirmativos com a cabeça, após apresentar-se, ela retirou-se rapidamente pois confessara-se atrasada. Eu meio sem jeito, diante do cara, mantive o silêncio... mas um felling me inspirou a falar
-É... o que uma aprovação em Direito naão faz na vida de um rapaz!?
Ele com um semblante meio contrariado, retrucou, por que fala isso, ela não pode ter visto em mim outras qualidades? Eu repliquei: Claro que sim, você é um cara esforçado, competente, batalhador, boa gente e também faz Direito... Ele já meio aplacado, despediu-se de mim e cada um de nós seguimos nossos caminhos naquele ínicio de noite bucólico e comum. Um tempo depois, encontrei-o novamente no centro da cidade, aquele brilho de outrora não vi mais em seu riso, dizia-se em fase complicada, mas ainda assim esperançoso na vida, não resisiti e questionei-o sobre a tal mulher radiante, ele cabisbaixo, reticente... Dissera que tudo havia acabado, o "loves forever"( expressão muito usada por ele) tinha-se desmoronado! Eu penalizado, tentando animá-lo, quis saber do curso, das cadeiras e tudo mais, ele respondera-me: É... estava legal , mas tive que trancá-lo. Ele meio retraído, falou: Será que ela largou-me só por que não faço mais Direito? Eu comovido respondi: Claro que não, o "amor" acabou porque você é um cara esforçado, competente, batalhador, boa gente e largou Direito...

-Como dizia o poeta: "Amélia é que era mulher de verdade..."

Será que os relacionamentos de hoje são mesmo todos assim? por que se forem mudo-me para Tangamandapio já ou talvez você me ache em Paságrada!

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