Por: Luka Bittencourt
De primeira vista pode parecer um trecho largado de um texto qualquer, mas me é uma consideração muito valiosa de vida e poesia.
"(...) os mais dialéticos confins do desespero e do pecado são o que se poderia chamar uma existência de poeta de orientação religiosa, existência que não deixa de ter pontos comuns com o desespero da resignação, mas sem que lhe falte a idéia de Deus. Levando em conta apenas as categorias da estética, eis a mais elevada imagem de uma vida de poeta. (...) Em seu secreto suplício, apenas Deus, que ele ama acima de tudo, o pode consolar, e contudo ele ama o seu suplício e não quereria livrar-se dele. Seu maior desejo é ser ele mesmo, frente a Deus, exceto naquele ponto fixo onde o eu sofre, e não quer ser ele mesmo."
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